Biodisponibilidade do ácido fólico

O ácido fólico pode se apresentar em diferentes formas químicas: o tetrahidrofolato é sua estrutura ativa, ou seja, a capaz de exercer seus efeitos no organismo pelo reconhecimento celular.

Sua recomendação diária na gestação é de 400 a 600 ug. Sendo esse consumo sugerido para mulheres durante a fase reprodutiva, antes mesmo de se tornarem gestantes, para garantir um status adequado do nutriente semanas antes da fertilização e prevenir a ocorrência de defeitos na formação do tubo neural do feto.

De maneira geral, essa reposição é realizada pelo consumo de alimentos-fonte e suplementação. Brócolis, espinafre, ervilhas, feijão, lentilha, laranja, banana, gema de ovo, entre outros alimentos, são considerados boas fontes.

Alguns suplementos não possuem ácido fólico em sua forma química de melhor biodisponibilidade, tampouco numa concentração adequada de acordo com as recomendações vigentes.

O cuidado na prescrição de suplementos (comercializados prontos ou manipulados) é imprescindível para o melhor aproveitamento do nutriente.

Vale lembrar das características de trânsito intestinal peculiares à gestação, bem como das modificações na microbiota intestinal.

Embora a presença de progesterona seja compatível com a desaceleração do trânsito intestinal (constipação), o que aumenta a absorção de nutrientes e promove um melhor aproveitamento nutricional materno, na prática clínica é comum observarmos aceleração do trânsito intestinal, caracterizado por episódios diarreicos.

A presença de diarreia pode prejudicar o processo de absorção e desequeilibrar o status nutricional materno o que dificulta a maturação de diversos sistemas fisiológicos no feto.

Dra Luciana Tocci Belpiede
Nutricionista
CRN 28105

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